Philip K. Dick, escritor norte americano, tem obras reconhecidas no mundo da ficção científica. Nasceu em 16 de Dezembro de 1928 e faleceu em 2 de Março de 1982.
Suas histórias e contos tem o poder de ajudar a questionar o status da sociedade.
Em “A Penúltima Verdade” (The Penultimate Truth – de 1964), as nações viveram um cataclismo nuclear, e a grande massa da população vive no subterrâneo.
A possibilidade de uma guerra global assustou e ainda assusta a muitos, mesmo em nossos dias. Imagine como esta possibilidade soava para aqueles que viviam na década de 1960, quando o autor escreveu este livro.
A narrativa se passa anos à frente dos anos sessenta. O tempo escolhido por Philip para ambientar seu livro é justamente o período pós anos 2000, início do século XXI.
Para os personagens da história, especificamente os que vivem e trabalham no subterrâneo, a face terrestre é inacessível, porque todos eles creem que a guerra continua a ser travada em meio à contaminação, mortal para os seres humanos, duas variáveis sérias que impedem, portanto, as pessoas comuns de ocuparem os terrenos a céu aberto.
As ramificações políticas, as explorações de massa, os estratagemas e argumentos de propaganda, bem como a luta por entender a verdade fazem parte da trama do livro.
Philip demonstra como comunicação missiva e bem feita pode também ser usada para levar ao engano, e como a tecnologia pode ser aproveitada por uma minoria em detrimento do trabalho e esforço de toda uma geração que não se beneficia dela como deveria.
Mostra também como pessoas podem ter a chance de mudar isso, e devem decidir se darão este passo ou não.
Philip escreveu vários livros e figura como um dos mais importantes autores do gênero de ficção científica do século passado.
O texto a que temos acesso, e que lemos há anos atrás, foi publicado pela Editora Europa-América de Portugal, numa tradução do título inglês para a Língua Portuguesa sem modificações.
Se você gosta de ficção científica e de histórias que lidem com o social e os processos políticos, este livro talvez lhe seja interesse.
Os personagens são bem posicionados , e o desenrolar da história é atrativo, parecido com muito do que vemos em nosso próprio tempo e nossas próprias nações.
A verdade existe, mas muitas vezes os homens, a fim de evitá-la, criam o que pode ser chamado de “A Penultima Verdade”.
Sempre há algo a ser revelado.